Na guerra contra Steve Jobs e o iOS, o Google corre o risco de amargar uma sonora derrota para a Apple. O Google Music terá de enfrentar a versão online do iTunes.
Como se não bastasse a competição contra a Amazon e seu Cloud Player, o pessoal de Mountain View tem um sério problema pela frente. A Apple está em fase final de negociações com as quatro principais gravadoras do mundo (Universal, Sony, Warner e EMI) e pode apresentar um iTunes na nuvem na sua conferência para desenvolvedores, a WWDC, que ocorre entre os dias 6 e 10 de junho. Um acordo já teria sido fechado com Sony, Warner e EMI.
Em contrapartida, o Google não conseguiu chegar a um meio termo com nenhuma das quatro gigantes da música. A falta de um resultado positivo prejudicou o Music, que por enquanto nada mais é que um serviço de armazenamento e streaming de arquivos de áudio. A ideia é até interessante, mas pouco prática. Quem tem dezenas de gigabytes de faixas pode levar dias (ou semanas) para enviar tudo para a nuvem. É muito mais sensato espelhar uma coleção de música com um catálogo online. Parece ser exatamente essa a ideia de Jobs.
A Apple coleciona experiências bem-sucedidas em suas conversas com as grandes gravadoras, que jogam pesado e têm uma postura pouco flexível. Para essas companhias, vale mais a pena restringir o acesso digital aos artistas do que se conformar com esse novo mundo online. Dobrá-las é muito, muito, muito complicado. E quem atravessa o caminho dos barões da música toma uma enxurrada de processos na cabeça.
Como não conseguiu fechar um acordo com ninguém, o Google resolveu anunciar o Music durante o Google I/O e arcar com as consequências. Parece ter sido um passo errado. O serviço irritou os executivos das gravadoras e, agora, chegar a uma negociação será bem mais complicado. Pior ainda será se a história se transformar em uma batalha judicial. Enquanto Larry Page não consegue resolver o pepino, o iTunes online deve garantir uma vantagem e tanto para o iOS.
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